Dia marcado por 2 ingressos às 10:30h: o da manhã embarcou em Cherbourg, proveniente de Lisboa, e trazia 2 baguetes debaixo do braço; o da noite, aterrou em Jersey, com 2 sacos de ferramentas e peças.
Cumpridas as formalidades e abastecimentos de combustível para a alma - Baltus, a 4,5% vol. alc. - e para a máquina, que isto anda a gazole, largámos amarras depois de almoço, hambúrguer au camembert, a aproveitar a maré. Hora excelente, pois apanhámos a boa corrente a favor rumo a Jersey, das mais fortes no Canal da Mancha. O Sagres bateu sucessivos recordes de velocidade, chegou aos 14,6 kn, com máquina em registo moderado, ~2.500 rotações p.m. e sem pano aberto.
Chegámos a Jersey antes da hora estimada no início da jornada. À entrada da barra, vimos um avião atravessar o canal da mancha e fazer-se à bem iluminada pista de aterragem que logo se avistou. Pouco depois passámos a comporta, em navegação dificultada pela copiosa luminosidade na barra, no porto e nos restaurantes ribeirinhos. Manobras feitas num instante, com um “encore” de mudança para o “fingir” ao lado, preciosismo só justificado por bom ânimo, calma e experiência que a tripulação já vai demonstrando quotidianamente para este género de manobras. Também a bom nível estiveram as tapas de suporte ao serviço de gin, ambiente exemplar talvez beneficiando de uma bolsa de CD que aumentou consideravelmente a diversidade musical a bordo, em diferentes estilos e épocas musicais. Até se dançou a valsa no Sagres.
Saldo final: 60 milhas navegadas, Tosé e João Palma a bordo, jantarou-se o resto das tapas, uns trataram dos preparativos para zarpar, a aproveitar a maré favorável ao objectivo de concluir em breve a travessia do Canal da Mancha; outros foram dormir. Bons sonhos.